Fiquei triste com o resultado de ontem, mas o que me entristece mais é saber que os brasileiros tão orgulhosos de sua nacionalidade simplesmente evaporaram. O motivo? Resultado indesejado de um jogo de futebol.
Em um jogo, ou se ganha ou se perde. Pelo visto isso não é tão óbvio quanto parece ser. Brasil perdeu e pronto. Isso é tristeza e não vergonha. É muito importante saber diferenciar os seus próprios sentimentos. Por que é vergonhoso não obter êxito em algo ou, como é o caso, deixar de ser o melhor do mundo pela sexta vez? Ninguém consegue tudo o que quer na vida e está tudo bem. Receber um “não” deveria ser tão normal quanto receber um “sim”. Quando se tenta algo, essas são as duas únicas respostas, certo? A felicidade (também conhecida como “sim”) e a tristeza (o temido “não”) existem justamente porque o objetivo a ser alcançado oferece risco.
Se for tentar encontrar quem tem culpa pelo Brasil ter perdido (o que para mim não tem lógica nenhuma), me faça o favor de incluir na lista cada pessoa de uma torcida cruel que só tira a bandeira do armário de 4 em 4 anos para estampar o suposto orgulho que tem do país. Orgulho que existe somente na vitória. Ser vitorioso em algo deveria ser a cereja do bolo e não a fonte de um sentimento tão forte.
Imagine um filho falando da sua mãe com orgulho. Provavelmente você está imaginando um filho que brilha enquanto fala e a mãe feliz com um sorriso tímido. Ele é o de mais bonito nessa imagem, não é? Isso porque ter orgulho de alguém é um sentimento puro e ter ou não ter é uma escolha sua. Você é o único que pode escolher entre sentir algo bom ou não. Se você não sente, meu amigo, quem está perdendo é você.
Nos momentos de felicidade eu vejo que sim, nós somos um povo unido, amigável e divertido. Nós confiamos em todo mundo e os gringos que visitam ou moram no nosso país se sentem em casa em pouco tempo. Isso é lindo, é característica nossa!
Eu escolho ter orgulho do Brasil, mesmo quando ele não vence. Afinal, é o momento que ele mais precisa de mim (e de você). Com dedicação, amor e apoio que se cria coragem para crescer, para mudar, para melhorar. Como acontece dentro de uma família, sabe? O que eu guardo na memória agora são as mesmas imagens que tenho quando ele está no topo.
Nossa pátria tem seus defeitos e, como filha, mesmo que eu não concorde com várias coisas que acontecem, vou exaltar o lado bom com amor e orgulho. Hoje e sempre.
Dos filhos deste solo és mãe gentil, pátria amada, Brasil!
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6 Comments
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Adorei!!
Obrigada, Kerly! :))
Letícia, só quando se mora fora do Brasil é que entendemos o verdadeiro amor à nossa pátria. Conseguimos entender como o nosso país é lindo, especial e acolhedor, como nenhum outro país é. Sentimos orgulho e honra de sermos brasileiros e que se por ventura ouvirmos nosso hino, nos emocionamos e sentimos como o nosso país nos faz falta. É isso aí Brasil, “…nem sempre ganhando, nem sempre perdendo, mas aprendendo a jogar…”. Bjs
Verdade pura, Luiza. Temos que aprender que nem sempre se ganha e que nossa fama no exterior de povo feliz, otimista e solidário é sim a nossa essência (o que nos faz tão especial). Obrigada pelo comentário! Beijos
:~~~~~ o Brasil e uma brasileira aí (cujo nome não pode ser revelado) sentem muito orgulho e saudade de vc! <3 lindo texto!
Obrigada, irmã amada! <3 saudades infinitas também!!