Se você está acompanhando a viagem à Tailândia pelas redes sociais, sabe que estive em Chiang Rai – no norte do país – e visitei a vila das mulheres do pescoço gigante, também conhecidas por mulheres-girafa.
De acordo com a lenda, muitos dos que viviam na aldeia foram atacados por tigres e esses animais mordiam sempre o pescoço. Para proteger as mulheres – e consequentemente as futuras gerações – elas começaram a usar anéis de ouro no pescoço. Era uma espécie de escudo protetor contra os dentes dos tigres.
Hoje em dia as mulheres-girafa não são obrigadas a usar os anéis, mas elas os tem por achar bonito. Ter anéis é o padrão de beleza da aldeia.
Os primeiros anéis aparecem mais ou menos aos 8 anos de idade e a cada três anos, outros três anéis serão acrescentados até que completem 25 anos ou se casem. Devido ao peso (o conjunto de anéis pode chegar a até 8 kilos!), o ombro é empurrado para baixo e isso faz com que o pescoço aparente ser gigante.
Os anéis trazem três dificuldades:
- A fala fica diferente. Parece que a voz vem do fundo de um poço!
- Elas nunca podem tirá-los. O pescoço fica mais flexível e a musculatura mais frágil. Retirar os anéis significa correr risco de morte!
- Não dá para virar o pescoço para trás, movimento que fazemos quando bebemos algo. As mulheres-girafa só conseguem tomar líquidos com a ajuda de um canudinho.
Adorei conhecer a Hill tribe em Chiang Rai, norte da Tailândia! Por mais que esteja bem turístico (as mulheres tentam constantemente te vender algo dentro da vila; cobram 50 Bahts apenas para tirar foto…) ainda é um passeio que vale a pena fazer. Bem interessante também porque dentro da Hill tribe vivem 5 diferentes tribos e você faz um caminho (a pé) que passará por todas elas.
Informações importantes:
- A entrada na tribo custa 300 Bahts por pessoa – mais ou menos R$26;
- O melhor jeito de ir é agendando um tour em agência de turismo ou combinando previamente um valor com algum taxista (provavelmente ele te cobrará o valor de um dia inteiro de táxi. Schatz e eu contratamos em agência de turismo um carro com motorista para o dia inteiro e pagamos 1800 Baht – algo em torno de R$156/dia);
- Como tínhamos o carro por um dia inteiro, fizemos 3 passeios: a Hill tribe, o Triângulo Dourado (fronteira entre Laos, Myanmar e Tailândia) e visitamos a Monkey Cave (ainda vou falar aqui no blog)!
- Alugar carro talvez não seja a melhor escolha porque aqui na Tailândia o volante é ao lado esquerdo, portanto o trânsito é invertido. Como na Inglaterra, sabe?
Agora é com você: já visitou as mulheres do pescoço gigante? Se não, gostaria de conhecê-las?
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5 Comments
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Uau! Não sabia que se podia visita-las. Legal saber! Mas vem cá, não é estranho fazer turismo assim pela tribo? Claro que elas estão monetizando e vivendo do turismo mas não da uma sensação de “zoológico humano”? Sei lá. a ideia de conhecer é ótima, mas fiquei pensando nisso.
Muito legal sua pergunta, Maíra! Respondi no podcast que vai ao ar amanhã!
Beijos!
Oi Letícia!
Poxa, legal! Só agora vi sua resposta. obrigada 🙂
Meu Deus, eu acho um tanto quanto…. terrível hahahaha! adorei o post!
Olá, Letícia.
Tudo bem?
Descobri agora o podcast O Nome Disso é Mundo e vi que falaram sobre esse post e resolvi dar uma olhada.
Eu fiz essa visita às mulheres girafas e me lembro que fiquei com essas dúvidas sobre parecer ser um zoo de mulheres, algo meio bizarro e por isso resolvemos conversar com as mulheres sobre isso e muitas delas, na real todas com quem conversamos, disseram que estão muito mais felizes ali do que quando viviam em Miamar e eram perseguidas. Disseram que antes trabalhavam pesado na roça e que hoje vivem do artesanato e do turismo, e uma coisa que me chamou muito a atenção foi quando uma delas disse que suas crianças hoje têm acesso à escola e ao hospital.
O governo Tailandês acolheu as mulheres, mas claro, se aproveita disso também promovendo esse turismo que a princípio pareça bizarro. De qualquer forma achei muito interessante e válido o passeio.