Vamos fingir que hoje é terça? Então está combinado!
Eu estou morta desde segunda! Meu primeiro dia de curso foi exatamente na segunda, às 13 horas. Fui procurar horários de trem e o melhorzinho sairia daqui 12:23 e chegaria em Salzburg 12:42. Seria ótimo se eu não tivesse que andar meia hora da estação de trem até o lugar do curso. Ou seja, o trem de 12:23 estava descartado. O que sairia logo antes dele era o de 11:23 e chegaria em Salzburg 11:42 e foi exatamente este que eu peguei. E quem disse que eu consigo almoçar antes das 11? Não dá! Ah, detalhe: eu acordo umas 7:30, então tomo café da manhã cedo. Quando a aula acabou às 16h, ainda fui me encontrar com uma amiga em uma cafeteria. Na verdade, foi a primeira vez que saímos só nós duas. Ela trabalhava na clínica com meu cunhado e me mandou mensagem perguntando se eu gostaria de me encontrar com ela. Sempre nos demos muito bem e aceitei o convite. Tudo fluiu tão legal que voltei para casa umas 20:30 e cadê que eu tinha almoçado? Eu já estava com o corpo mole. Por que eu não comi na cafeteria? Porque eu tomei um capuccino e eu não sei quanto a vocês, mas quando eu estou com MUITA fome, se eu comer uma balinha que seja, minha fome passa (adormece, porque depois de um tempo ela já dá sinais de novo). Enfim, cheguei em casa e percebi que eu estava com uma fome de urso (é o que alemão diz quando está com muita fome – Ich habe einen Bärenhunger) e fui comer. Só deu tempo da última colherada e eu percebi que se eu ficasse 2 minutos sem fazer nada, eu acordaria só no outro dia. Ok, mas eu ainda tinha o dever de casa para fazer. É, gente… Agora eu tenho dever de casa e intervalo novamente! Eu fiz os exercícios antes de dormir, mas já deitada na cama. Por falar nisso, acho que eu comecei fazendo em uma página e quando o espaço acabou, em vez d’eu continuar escrevendo no verso da página, eu comecei em uma nova! E o pior é que entreguei assim mesmo. Bom, hoje passarei vergonha saberei se eu realmente fiz isso.
Só para contar bem rapidinho sobre o curso, eu estou adorando! Somos três alunos no total (o ideal é turma pequena mesmo!): eu, um tcheco e um eslovaco. Eles são bem legais, mas é claro que não sei muito sobre eles. O tema da aula de ontem foi viagem e o eslovaco falou que a Eslováquia é um caos!! Estradas cheias de buracos, o trem não funciona e o melhor meio de transporte para viajar é o carro ou (pausa dramática) Ryanair. Quem já viajou com a empresa, sabe: é horripilante!! Eles te dão a opção de pagar para reservar o lugar, mas não tem lugar marcado – complicado para quem não está viajando sozinho -, o máximo de bagagem é 15 quilos (quem viaja para europa com uma bagagem de só 15 quilos?) e se você tiver duas bagagens, você tem que pagar pela segunda. Até aí tudo bem. O problema é que cada uma das duas têm que ter 15 quilos. Não pode ser 10 quilos em uma e 20 quilos na outra. Você pagará excesso de bagagem pelos 5 quilos excedentes mesmo que estejam “faltando” 5 quilos na primeira. E paga-se 10 euros por quilo acima do limite permitido. Bom, eu já tive a experiência e não foi boa.
Agora um pouco de Flohmarkt, né? Gente, fui pela primeira vez no domingo passado. Não sei como é em outros lugares, mas aqui é no primeiro domingo de cada mês. É uma loucura!! Eu tive a impressão (e é realmente o que acontece) que os alemães pegam tudo o que estava no porão há anos, tudo o que quer jogar fora, mas deu fadiga (ou pela separação do lixo ou por ter que pagar para jogar fora – acontece com pneus, por exemplo) e leva tudo para o Flohmarkt, que significa “mercado das pulgas”. O original surgiu nos arredores de Paris e leva este nome porque roupas também são vendidas no mercado e muitas vezes vinham com um brinde: pulgas. Bacana, não? Eu não comprei nada (por que será?), mas tirei algumas fotos para vocês saberem como é. Ah, acontece sempre em um lugar grande e aberto. O de domingo aconteceu no estacionamento do supermercado da cidade.
Dá a impressão que estava vazio, mas não estava! O estacionamento é muito grande. Ah, gente.. Para uma aldeia de 4 mil habitantes, a cidade inteira estava lá!
Roupas e algumas pulguinhas:
Nem comentei: eles pegam o carrinho de compras de mercado e vão andando pela feira colocando o que compraram no carrinho. Como se fosse em supermercado mesmo. Devo confessar que achei farofada.
Nem só de críticas vive um Flohmarkt! Algumas coisas eram bonitinhas e também vendiam máquinas fotográficas e filmadoras muuuito antigas (e funcionam!), o que eu acho interessante.
Eu achei super legal ter ido uma vez para conhecer, mas eu não compraria nada em um Flohmarkt. Imaginem eu comprando uma pulseira linda lá(difícil) sem saber que a dona anterior a deixou cair 300 vezes no vaso sanitário? E eu achando que estou arrasando com a pulseira no pulso? Não, não! Usar algo que um desconhecido usou muito tempo e eu nem sei a procedência, não é comigo. Me dá agonia, não sei.
Agora eu tenho que ir me preparar para o terceiro dia de aula!
Beijos!