Lugares para visitar na Grécia: muito além das ilhas gregas 

Cheguei da Grécia ontem à noite e durante a viagem eu acumulei muitas dicas para vocês! Vou começar com algumas informações práticas para quem vai – ou pretende algum dia – viajar para lá:

1. Sobre a crise.  Eu não me espantaria se encontrasse vários pedintes pela ruas, se estas não fossem tão limpas e se eu tivesse que ficar mais atenta com relação a furtos do que em outras cidades europeias. Isso era o que eu achava antes da viagem. Afinal, é o que a gente imagina quando o nome do país está há um bom tempo associado com “crise financeira”. Se você concorda comigo, prepare-se para uma agradável surpresa! Eu não estou aqui para dar aula de economia ou para falar de forma aprofundada sobre a economia do país. Estou aqui para te falar o que acontece na prática, para falar o que eu vi na viagem de duas semanas somente na Grécia.
   • Pouquíssimos pedintes nas ruas. Dá para contar nos dedos quantos eu vi;
   • Não me senti insegura em nenhum lugar. Schatz e eu andamos com bolsa, máquina fotográfica pendurada no ombro… Sem receio algum!
   • Os bares, restaurantes e ruas estavam sempre cheios. O país voltou a crescer em 2014 e o crescimento está estampado em cada canto.
2. Informações úteis para turistas:
   • Em cidades menos famosas (leia-se: fora de Atenas), é bem difícil encontrar alguém que fale inglês. O bom é que os gregos são tão hospitaleiros, tão amigáveis, que isso não interfere em nada. Eles vão fazer de tudo para tentar te entender e te ajudar. Em Trikala, Schatz e eu fomos em um restaurante. Comemos bem, fomos super bem atendidos e o garçom, no meio do jantar, nos entregou uma cerveja grega chamada “Fix” (a mesma que estávamos bebendo). Falamos que não tínhamos pedido outra e ele apontou para uma mesa onde estava um simpático senhor em companhia de sua família. Assim que olhamos, eles levantaram os copos para brindarmos juntos, perguntou de onde éramos, amou o fato de sermos brasileiros e fez questão de nos oferecer uma bebida. Os gregos são gentis, simpáticos, solícitos e encantadores. Eles têm todas as características que um povo tem que ter para fazer o turista querer voltar!
   • O comércio de muitas cidades gregas tem horário de funcionamento diferente do nosso: as lojas fecham às 14 ou 14:30 (depende do lugar), reabrem somente às 17 ou 17:30 e permanecem abertas até 21 horas, exceto quarta-feira: ficam abertas somente até às 14h e só reabrem na quinta-feira. Atenção: depende da cidade!
   • Ao se sentar em algum restaurante, a primeira coisa que eles trazem – antes mesmo de anotar seu pedido – é uma garrafa de água. Muitos não cobram pela água, outros sim.
   • Também servem pão. O valor varia de €0,50 a €1 por pessoa;
   • Alguns restaurantes trazem sobremesa (por conta da casa!) no final. Geralmente é iogurte grego com calda de frutas. Nada mal, né? Também pode ser só frutas com um pouco de mel e canela por cima (uma delícia)!
   • Já que o assunto é restaurante, vamos falar sobre gorjetas: eu li em um guia que o normal é dar 10%. Até aí nenhuma novidade porque no Brasil também é assim. Eu sempre pergunto sobre gorjeta no hotel porque acho mais confiável (nos guias de Viena também diz que o normal é dar 10% e é uma informação errada! Aqui só arredondamos o valor final. Ex: a conta deu €19,60. Damos €20). Em Kalamata (Peloponeso), não se dá gorjeta! Ainda insistimos perguntando mais de uma vez para a funcionária do hotel e ela nos respondeu “não damos gorjeta”. Em Trikala também não, mas mesmo assim sempre arredondávamos o valor. Em Atenas: o normal é de €0,20 a €2. Minha dica é fazer como eu faço: pergunte no hotel onde você está hospedado!
   • Os metrôs de Atenas são pichados por fora, mas limpinhos por dentro. As estações são bonitas, amplas e limpas;
   • Os tickets devem ser validados antes de entrar no metrô, exatamente como acontece aqui em Viena;
   • O trânsito em Atenas é caótico. Não confie em sinal verde para pedestre. Olhe sempre com muito cuidado antes de atravessar a rua! Não é raro ver motociclistas cortando caminho pela calçada, junto aos pedestres. Não entenda como um “perigo constante”! É só um ponto que merece atenção;
   • Se você não vive sem internet, compre um chip na “Wind“. Paguei €15 por um chip pré-pago* com 2GB de internet. Quando comprei, me falaram que os 2GB eram cortesia para quem comprava o chip e que, gastando ou não os 2GB, depois de uma semana a internet pararia de funcionar (cortesia é assim, né, minha gente?) e eu teria que colocar mais €10 de crédito para continuar conectada. Só sei que os 2GB de cortesia da Wind nunca parou de funcionar e fui muito feliz nessas duas semanas de viagem.
   • Vai para Atenas e quer conhecer outras cidades próximas fazendo vários passeios de um dia? Alugue um carro! Nós alugamos pela Sixt (site em português) e tinha aluguel de carro por €17/dia. Compensa demais! Além de ser muito barato, te dá uma liberdade sem tamanho! Temos o costume de alugar carro em todas as nossas viagens (hora de outra dica: pelo site é mais barato do que direto na loja)! Ah, ainda acumula milhas, viu? 🙂  Para deixar claro: eu aconselho o aluguel de carro para sair de Atenas, ok? Dirigir pela cidade é loucura!

Com todas essas informações você está mais do que preparado para sua viagem à Grécia, mas vou dar outros motivos (que virarão posts detalhados!) para viajar pelos lugares pouco turísticos no país.

Lugares para visitar na Grécia

Batendo na tecla: não fomos para nenhuma ilha! Todas essas lindas praias e cidades que visitamos ficam no continente grego. Minha meta com os futuros posts: abrir a mente de vocês e mostrar que a Grécia é muito (muuuuuito!) mais do que as ilhas.

“Ninguém deveria conhecer a Grécia muito cedo, senão não vai querer conhecer nenhum outro lugar do mundo”

Não me lembro onde li essa frase, mas ficou marcada. Concordo plenamente!

Beijos e uma ótima semana, queridos!

*Para ter plano pós-pago, é necessário ter endereço fixo no país. Por isso turista só pode comprar chip pré-pago!